Luís Figo, um dos nomes maiores da história do futebol português, recordou no podcast Bajo Los Palos, conduzido por Iker Casillas, os primeiros passos da sua carreira e revelou os motivos que o levaram a optar pelo Sporting em vez do Benfica, quando ainda era apenas um jovem sonhador do outro lado do Tejo.
«Tinha muitos amigos que jogavam no Sporting na formação e diziam-me que era mais fácil entrar lá do que no Benfica, porque no Benfica escolhiam pessoas com mais estatura física», contou o antigo extremo, vencedor da Bola de Ouro em 2000, e um dos maiores símbolos do futebol nacional.
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Figo revelou ainda que o processo de integração nos leões foi tudo menos simples.
«Passei cerca de um mês a treinar quando tinha 12 anos. Eu morava do outro lado do rio e tinha de apanhar um barco para chegar aos treinos. Chegou um momento em que não aguentava mais e fui ter com o treinador e pedi-lhe que me dissesse algo: ‘sim ou não’».
Foi essa persistência que lhe valeu o arranque de uma carreira extraordinária, que passaria por clubes como Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão, além de uma longa e marcante passagem pela Seleção Nacional.
Figo abordou também a polémica saída do Barcelona para o Real Madrid em 2000, na altura a transferência mais cara da história do futebol:
«Quando cheguei ao Barcelona identifiquei-me muito com o clube. Dei tudo o que tinha. Talvez por isso, quando sentes que não és reconhecido, acabas por te afastar. Nunca negarei o meu passado».
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Figo foi um dos jogadores mais influentes da chamada Geração de Ouro e continua a ser uma figura incontornável quando se fala na evolução do futebol português, tanto dentro como fora das quatro linhas.