A crise entre Rafa Silva e o Besiktas atingiu um ponto sem retorno, e o presidente do clube, Serdar Adali, decidiu tornar público todo o dossiê envolvendo o internacional português.
Numa conferência de imprensa marcada por um tom duro e revelações surpreendentes, o dirigente explicou, passo a passo, como a relação com o jogador se deteriorou nas últimas semanas e deixou claro que o clube não está disposto a ceder.
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Adali começou por contextualizar o início da rutura, recordando que Rafa era um dos jogadores mais utilizados na época passada.
“O Rafa Silva fez 87 minutos por jogo, na temporada passada. Ele saiu de campo ao 73.º minuto do jogo com o Basaksehir. Poucos dias depois do jogo, o agente dele pediu uma reunião, e aceitámos. Pouco tempo depois, reuni-me com Rafa Silva. Jantámos. Pensávamos que houvesse um problema com a substituição naquele jogo que poderia ser resolvido, e trabalhámos arduamente”, disse.
A verdadeira surpresa surgiu nesse encontro: “Durante a reunião, ele disse ‘Não tenho quaisquer problemas com ninguém. Quero deixar o futebol e retirar-me’. Passado um bocado, disse ‘Passei por três presidentes e quatro treinadores. Agora, quero ir para outro sítio’.” Perante a súbita mudança de discurso, Adali garantiu não haver qualquer falha do clube: “Não é preciso procurar ninguém a quem culpar. Nós trabalhámos arduamente para contratar o jogador. Não lhe devemos dinheiro.”
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Segundo o presidente, o clube sempre tratou o português com distinção. “Sempre tratámos Rafa Silva de forma especial. Demonstrámos flexibilidade e lidámos com todas as questões. Foi bem recebido. Como adepto e presidente, quereria que o meu melhor jogador saísse? Depois desta atitude, pedi-lhe que jogasse profissionalmente até à abertura do mercado. Falámos bastante com ele, explicámos o carinho que temos por ele.”
Mas o dirigente garante que o jogador não correspondeu à confiança. E foi aí que surgiu aquilo que descreve como uma proposta inaceitável do representante do extremo: “A cláusula de rescisão para janeiro está fixada. O agente dele fez uma proposta ridícula, dizendo ‘Trazemos três milhões de euros e deixam-no sair’. Isto é o Besiktas, e, se alguém quer sair, é o Besiktas que dita os termos.”
A posição do clube é taxativa e sem margem para dúvidas: “Rafa Silva, ou retribuiu o amor e confiança que depositámos nele desde o primeiro instante, ou terá de trazer uma proposta do valor que pedimos e sai! Se ele não estiver disposto a fazer nenhuma das duas, não será autorizado a ir a lado nenhum até o contrato dele terminar [em junho de 2027].”
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Adali reforçou ainda que o clube está preparado para enfrentar prolongadamente o conflito. “O Besiktas não precisa de poupar nos ordenados! Caso venha a ser necessário, nós pagamos-lhe e tratamos do assunto! Se for necessário, a questão será encaminhada para a FIFA, e os direitos do Besiktas serão protegidos ao máximo.”
Com o futuro de Rafa Silva envolto em incerteza, o presidente deixou claro que, para sair, o jogador terá de cumprir as exigências do clube. Caso contrário, permanecerá em Istambul até ao fim do contrato — mesmo que contrariado.
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