Na antecâmara da meia-final da Liga das Nações frente à Alemanha, Bruno Fernandes abriu o jogo. O médio do Manchester United abordou o cansaço acumulado, a pressão de representar Portugal, o papel eterno de Cristiano Ronaldo, a ameaça germânica… e até a proposta milionária vinda da Arábia Saudita.
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Depois de uma temporada desgastante ao serviço dos red devils, o internacional português não escondeu o peso de um ano difícil, mas garante que a motivação de vestir a camisola das Quinas continua intacta.
“Foi uma época dura, os nossos objetivos no clube não foram cumpridos. Mas aqui é diferente. Representar Portugal é sempre uma alegria. Queremos escrever nova história frente à Alemanha”, afirmou.
Desgaste? Sim, mas não serve de desculpa
Bruno Fernandes reconheceu que o desgaste físico e mental é uma realidade transversal à maioria dos jogadores da Seleção Nacional, especialmente num calendário cada vez mais sobrecarregado.
“O cansaço existe. O problema está identificado, mas não somos donos da solução. Todos queremos estar na melhor forma para dar espetáculo a quem paga para nos ver”.
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Ainda assim, fez questão de sublinhar que prefere jogar uma final four da Liga das Nações a terminar a época com simples jogos particulares.
“É um troféu, é competição. Prefiro isso a dois amigáveis. Estamos aqui para ganhar”, rematou.
Cristiano Ronaldo? O papel é o de sempre: marcar golos
Aos 40 anos, Cristiano Ronaldo continua a ser uma das peças mais importantes na engrenagem ofensiva da Seleção Nacional. Bruno foi direto:
“O papel dele é o de sempre: marcar golos. É o melhor goleador do mundo, o melhor marcador da história da Seleção. Esperamos que continue a fazer o que faz melhor”.
Musiala fora é “boa notícia” para Portugal
Questionado sobre o maior perigo da Alemanha, Bruno Fernandes destacou de imediato Jamal Musiala, que não estará disponível para o jogo.
“Se não é o melhor número 10, é um dos melhores do mundo. Felizmente para nós, não vai jogar”.
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Proposta saudita e o “não” ponderado
Um dos temas mais marcantes da conversa foi a confirmação de uma proposta do Al-Hilal para levar Bruno Fernandes para a Arábia Saudita. E a resposta foi ponderada, mas firme.
“O presidente do Al-Hilal ligou-me. Pensei sobre isso. Falei com o meu empresário e com a minha mulher. O United não queria vender. Não era por dinheiro. E eu quero continuar ao mais alto nível. Ainda me sinto capaz de competir nas grandes ligas”.
Palhinha, os campeões europeus e o espírito da Seleção
Sobre João Palhinha, Bruno não quis entrar em polémicas, mas reconheceu a qualidade do colega, apesar do momento menos feliz no Bayern.
“Ele quer mostrar que tem qualidade. Está preparado.”
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Também deixou palavras de entusiasmo para os colegas que venceram a Liga dos Campeões com o Real Madrid:
“Vêm do momento mais alto das suas carreiras. Estão motivados. A Alemanha deve estar preocupada”.
Objetivo: repetir 2019
Sobre a Liga das Nações, Bruno Fernandes garantiu que o grupo está focado em repetir o feito de 2019:
“Sabemos que não é um Mundial ou um Europeu, mas é uma competição importante. Ganhámos em 2019 e queremos voltar a fazê-lo. Todos os títulos contam”.
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