Mile Svilar, atual guarda-redes da AS Roma, recordou com carinho e alguma reflexão crítica a passagem pelo Benfica, clube que representou durante cinco épocas, entre 2017 e 2022.
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Em entrevista ao Corriere dello Sport, o internacional sérvio de 25 anos admitiu ter sido um jovem impaciente, movido pela ambição de seguir as pisadas de grandes nomes que passaram pela baliza encarnada.
“Teria recebido mais no Anderlecht, não foi por dinheiro que aceitei ir jogar para o Benfica. Eu era um miúdo algo impaciente e pensei que a saída da Bélgica me poderia ajudar a crescer. Depois, tanto o Ederson como o Oblak tinham crescido lá e tornaram-se dois grandes guarda-redes, portanto imaginei que poderia repetir o percurso deles”.
A verdade é que o percurso acabou por não corresponder às expectativas iniciais. Svilar fez apenas 23 jogos oficiais pelo Benfica e, apesar das oportunidades iniciais, foi perdendo espaço no plantel principal.
“No Benfica, às vezes, pensava em mudar de clube. Tinha dúvidas, não foi fácil”.
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Roma, paciência e afirmação
Depois de terminar contrato com o Benfica, Svilar assinou pela AS Roma, onde teve uma primeira temporada difícil — apenas quatro jogos disputados — mas manteve-se firme no seu propósito.
“Sabia que mais cedo ou mais tarde chegaria o meu momento, nunca pensei em sair. Aqui, ao contrário de Lisboa, mantive sempre a convicção de que podia vingar”.
Essa persistência acabou por dar frutos e o guarda-redes é hoje o titular dos giallorossi. Apesar das dificuldades sob o comando de José Mourinho, o sérvio mostrou respeito pelo técnico português:
“O Mourinho tinha as suas hierarquias e preferiu apostar no Rui Patrício, um jogador de topo que me ajudou muito depois. Até fui utilizado no jogo da despedida dele. Penso que se não tivesse havido a mudança de treinador não teria sido promovido de forma definitiva”.
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De Rossi, o técnico que mudou tudo
Ao longo da entrevista, Svilar fez questão de destacar Daniele De Rossi, ex-treinador da Roma, como figura determinante na sua afirmação.
“De Rossi foi o treinador mais importante da minha vida. Desde o primeiro treino, disse-me que eu não iria jogar, mas acreditava em mim. Antes dele, em sete anos, nunca ninguém me tinha explicado uma decisão técnica. Isso marcou-me”.
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