A Federação Portuguesa de Futebol confirmou oficialmente a despedida do guarda-redes de 37 anos, anunciando ainda uma cerimónia de homenagem na próxima sexta-feira, dia 12 de dezembro, na Cidade do Futebol — um adeus pensado para um dos nomes mais influentes da Seleção Nacional no século XXI.
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O guardião natural de Leiria foi, durante mais de uma década, uma figura central da equipa das quinas, acumulando 108 internacionalizações, tornando-se o guarda-redes mais internacional de sempre. Esteve em todos os grandes palcos, desde o Euro 2008 até ao Mundial 2022, mas foi no Euro 2016 que alcançou o momento mais simbólico da carreira: uma exibição monumental na final frente à França, coroada com a defesa icónica ao cabeceamento de Griezmann. Uma intervenção que atravessou gerações e que acabou eternizada numa estátua junto ao Estádio Municipal de Leiria.
Depois de sair do Sporting em 2018, Rui Patrício passou por Wolverhampton, Atalanta e Roma, além de uma última experiência nos Emirados Árabes Unidos, ao serviço do Al Ain. Sem clube desde o fim da participação do emblema no Mundial de Clubes, o guarda-redes decidiu agora fechar um percurso que contou com oito títulos, cinco deles conquistados em Alvalade.
No Sporting, clube onde se formou e onde se tornou uma figura incontornável, venceu duas Taças de Portugal, duas Supertaças e uma Taça da Liga, antes de abraçar o desafio da Premier League. Já na Roma, venceu a Liga Conferência, e na Seleção foi peça central nas conquistas do Euro 2016 e da Liga das Nações 2019.
A FPF recorda que Rui Patrício não falhou um único jogo de qualificação para Europeus ou Mundiais durante mais de dez anos, um testemunho da sua consistência, durabilidade competitiva e confiança que os vários selecionadores sempre depositaram nele. Voltou a assumir a baliza em momentos de maior exigência e manteve-se como referência técnica e emocional para o grupo.
Agora, chega o momento da despedida. Um adeus sereno, acompanhado de reconhecimento institucional, que simboliza o peso que Rui Patrício teve no futebol português. De Leiria para a história, o guarda-redes deixa um legado raro: o de quem marcou um país inteiro com intervenções decisivas e uma carreira construída com seriedade e profissionalismo.
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A cerimónia de homenagem está marcada para sexta-feira e assinalará oficialmente o fim da carreira de um dos maiores guardiões nacionais de sempre.