Jorge Amaral, antigo guarda-redes com passado em Benfica e FC Porto, revisitou alguns dos episódios mais curiosos da sua longa carreira como jogador e treinador, durante uma extensa entrevista repleta de memórias, humor e nostalgia.
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O antigo internacional sublinhou as dificuldades físicas acumuladas ao longo dos anos, algumas surgidas de forma insólita: “Se isto demora muito, ainda tenho de ir ao endireita”, atirou, entre risos, após simular algumas defesas para a fotografia. “Num jogo, no Estádio da Luz, o ombro saiu-me do sítio duas vezes. Nesse ano tive tantos problemas que aquilo parecia bruxaria”.
A carreira de Jorge Amaral, que se prolongou de 1973 a 2012, atravessou várias fases, clubes e funções, sendo marcada por passagens importantes por dois dos maiores emblemas do futebol português. Começou no Benfica, onde levou “boladas de Eusébio”, como relembrou com orgulho, e mais tarde representou o FC Porto, onde viveu um momento… peculiar logo à chegada.
“Cheguei com um carro vermelho e o Pinto da Costa disse-me: ‘Começas bem’”, revelou, entre risos, numa alusão bem-humorada à rivalidade entre os dois clubes.
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Apesar de ter guardado muitas recordações na memória, perdeu grande parte do espólio físico da carreira devido a três cheias que afetaram as garagens das suas casas no Porto e em Cascais. “Nem tenho luvas. Onde é que já se viu, um guarda-redes sem luvas!?”
Entre memórias de balneário, episódios caricatos e a paixão inabalável pelo futebol, Jorge Amaral mostrou que, mesmo fora dos relvados, continua a viver intensamente a modalidade que o acompanhou durante quase quatro décadas.