O treinador do Sporting, João Pereira, disse este sábado que “presente envenenado”, expressão utilizada por Frederico Varandas, para adjetivar o convite para a equipa principal “é muito” forte e frisou que é preciso “ver o contexto”.
“Temos de ver o contexto em que as coisas são ditas e tentar entender o seu significado. Um presente envenenado é muito [forte]”, atirou técnico dos leões, em conferência de imprensa, em Alcochete.
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Na quinta-feira, durante a gala de entrega dos prémios Stromp, o presidente do clube saiu em defesa do sucessor de Ruben Amorim, argumentando, entre outros aspetos, que o convite que lhe endereçou para substituir o atual treinador do Manchester United foi um “presente envenenado”.
João Pereira, no entanto, reforçou que “era impossível dizer que não a treinar o Sporting” e contextualizou as palavras do presidente.
“[Eu] entrava, o Sporting continuava a ganhar e a jogar bem, o que é que o João Pereira fez? Nada! Deixou jogar, o mérito não é do João. O João Pereira entrou e começaram a perder, a culpa é de quem? É do João Pereira. É muito por aí que o presidente referiu isso do presente envenenado”, contrapôs.
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O discurso de Varandas, de resto, foi abordado mais do que uma vez durante a antevisão da visita ao Gil Vicente, no domingo, e João Pereira voltou a apelar para “entender o significado das coisas” quanto às palavras do presidente, que afirmou, também, que Trincão está “morto”.
Por isso, o técnico lembrou que o avançado “passou uma fase difícil no Sporting”, mas “agora está a viver uma fase boa” e que “é um dos jogadores mais resistentes da equipa” e aquele que tem “métricas maiores e que aguenta mais volume de jogo”.
“Essa questão do morto é mais uma questão de entender o significado das coisas. Está morto porque são muitos jogos seguidos, são muitos minutos, ainda mais este [contra o Santa Clara, na quarta-feira], que foram 120 minutos”, sustentou.
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Por fim, questionado sobre as palavras de Frederico Varandas quando apontou às arbitragens, ao cansaço e às lesões para justificar a quebra da equipa com João Pereira, o técnico considerou que o presidente do clube “constatou factos” e que mantém a confiança no seu trabalho.
“Eu não falo de árbitros, mas foi o Conselho de Arbitragem que meteu o árbitro [Cláudio Pereira] numa jarra. Se meteu o árbitro numa jarra é porque cometeu um erro. Eu não acho que sejam desculpas. Não as uso porque, se for eu, toda a gente vai dizer que está a desculpar-se e eu estou aqui é para encontrar soluções. Não são desculpas, são factos, acho que a confiança em mim mantém-se, isso é bastante nítido”, constatou o treinador.
Fonte: LUSA