Nice-Braga: Guerreiros do Minho procuram luz na ‘Côte d’Azur’ rumo aos oitavos da Liga Europa

A equipa de Carlos Vicens viaja até Nice para defrontar um adversário em crise profunda, mas que, apesar de já estar matematicamente afastado do apuramento, promete encarar o encontro como uma oportunidade para recuperar confiança.

ler também : Benfica assina a noite mais adulta da era Mourinho e mantém vivo o sonho europeu

A formação minhota chega ao sul de França numa fase positiva, com cinco jogos consecutivos sem perder, quatro vitórias e apenas um empate. Depois de um período mais irregular, os bracarenses parecem ter reencontrado estabilidade competitiva, tanto na Liga como na Europa, e entram na jornada na zona de qualificação direta — ocupam o 7.º lugar da tabela geral com 10 pontos. Um triunfo em França deixará os guerreiros muito perto do objetivo maior: evitar os ‘playoffs’ de fevereiro e avançar diretamente para os oitavos.

Se o momento bracarense inspira confiança, o cenário do lado francês é o espelho oposto. O Nice atravessa a pior fase da temporada, com sete derrotas seguidas — cinco na Ligue 1 e duas na Liga Europa — e encontra-se mergulhado numa espiral negativa que o atirou para o 12.º lugar do campeonato, perigosamente perto da zona de descida. Na Europa, o panorama é ainda mais sombrio: cinco jogos, cinco derrotas, nenhum ponto somado e o último lugar isolado da classificação global.

Ainda assim, Franck Haise recusa a ideia de que o jogo perdeu importância. Para o técnico francês, o encontro deve servir como teste de caráter e oportunidade individual para vários jogadores. Do outro lado, Carlos Vicens prefere ignorar o estado emocional do adversário e focar-se apenas no que pode controlar: a forma como o Braga entra em campo, a agressividade competitiva e a capacidade de impor o seu futebol.

O histórico entre as equipas é totalmente virgem: nunca Nice e SC Braga se encontraram em provas oficiais. Porém, os minhotos já enfrentaram várias equipas francesas ao longo dos anos, com um balanço equilibrado — três vitórias, dois empates e três derrotas — embora sem nunca terem vencido em solo gaulês. Já o Nice estreou-se este ano contra adversários portugueses… com resultados muito pouco animadores: derrotas diante de Benfica e FC Porto.

Na arbitragem, regressa uma cara conhecida para os arsenalistas: o georgiano Giorgi Kruashvili, que dirigiu dois jogos do Braga no passado, com uma vitória e um empate. Será auxiliado pelos compatriotas Levan Varamishvili e Giorgi Elikashvili, com Koba Revazashvili como quarto árbitro e Marco Di Bello e Aleandro Di Paolo no VAR.

Ler Também: Sporting quer segurar Rui Borges: SAD prepara renovação e arranque de conversações já em 2026

Para o Braga, o cenário é claro: ganhar significa aproximar-se do calor dos oitavos de final; perder ou empatar pode complicar um percurso que, até aqui, tem sido sólido. Na ‘Côte d’Azur’, os guerreiros têm tudo para confirmar estatuto e ambição — falta apenas fazer a parte mais difícil: prová-lo dentro das quatro linhas.