Francesco Acerbi, defesa-central da Inter de Milão, tornou-se o herói inesperado na meia-final da Liga dos Campeões frente ao Barcelona, ao marcar o golo do empate aos 93 minutos, forçando o prolongamento e contribuindo para a vitória por 4-3. Este momento marcante é ainda mais significativo considerando o percurso de vida do jogador.
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Em 2013, durante exames médicos após transferência para o Sassuolo, Acerbi foi diagnosticado com cancro nos testículos e submetido a cirurgia de emergência. Apesar de ter regressado rapidamente aos relvados, a doença reapareceu no final do mesmo ano, levando-o a um novo tratamento com quimioterapia. Durante este período, enfrentou também uma fase de depressão e dependência alcoólica, agravada pela morte do seu pai.
Acerbi descreveu esta fase como um ponto de viragem:
“O cancro foi a minha sorte. Agradeço a Deus por tê-lo tido. Descobri que estava doente em junho de 2013, assim que cheguei ao Sassuolo. Fui operado e três semanas depois estava de volta ao campo. Nem percebi e então nada mudou. Continuei a agir de forma pouco profissional fora de campo.”
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Após superar a doença e os problemas pessoais, Acerbi transformou-se num exemplo de resiliência, consolidando a sua carreira em clubes como Lazio e Inter de Milão, e sendo campeão europeu com a seleção italiana em 2020.
Um golo que simboliza a superação
O golo marcado por Acerbi contra o Barcelona não foi apenas o seu primeiro na Liga dos Campeões, mas também um símbolo da sua jornada de superação. Aos 37 anos, o defesa-central demonstrou que é possível ultrapassar adversidades e alcançar feitos notáveis, mesmo nas fases finais da carreira.
Este momento emocionante reforça a ideia de que a determinação e a força de vontade podem transformar desafios em conquistas memoráveis.