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Nacional
24/11/25 às 20:11

Mourinho fala em "final" contra o Ajax e atira-se a comentadores

Na antevisão ao decisivo duelo da Liga dos Campeões frente ao Ajax, José Mourinho assumiu o peso do encontro, esclareceu críticas feitas após o jogo com o Atlético e deixou garantias sobre a condição física de Manu Silva e o papel de Rodrigo Rêgo.

José Mourinho não teve rodeios ao projetar o Ajax–Benfica desta terça-feira, encontro decisivo para as aspirações europeias das duas equipas.

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O técnico das águias classificou o duelo como determinante: “Acho que sim. As duas equipas estão exatamente na mesma situação… Amanhã o jogo é fundamental para nós.”

Com ambos os conjuntos ainda sem pontos na Liga dos Campeões, o treinador admite que vencer é obrigatório: “É uma questão de ganhar para ter esperança de nos qualificarmos. Mais motivação do que isso não conheço nenhuma.”

Confrontado com o registo perfeito contra o Ajax — sete vitórias em sete jogos — Mourinho desvalorizou completamente esse dado: “A minha história e estatística, positiva ou negativa, não tem influência nenhuma… Amanhã nada disso joga e não tem nada a ver uma coisa com a outra.” Ainda assim, avisou para a qualidade do adversário: “Os bons jogadores podem fazer algo bom a qualquer momento.”

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As declarações do treinador após a vitória difícil frente ao Atlético continuam a gerar ondas de choque, mas Mourinho garantiu que nada disse aos jornalistas que não tivesse dito no balneário: “Relativamente à minha mensagem após o jogo com o Atlético… foi o mesmo que disse aos jogadores. Para mim e para os jogadores, as coisas acabaram ali.” E deixou um recado à comunicação social: “Compreendo que vocês tenham que debater, senão não conseguem ter comentadores durante 23 horas e meia por dia.”

Sobre as suspeitas de que as críticas teriam sido dirigidas a Ivanovic, o técnico foi perentório: “Quando mentem é uma coisa que me chateia profundamente. Se há jogador que trabalha muito e dá tudo nos jogos e treinos é o Ivanovic. É impecável do ponto de vista do profissionalismo.” E reforçou a diferença entre análise e falsidade: “Quando martelam sempre na mesma coisa, não me agrada, mas entendo, agora quando mentem é uma coisa que me chateia profundamente. E quando se inventa quanto a jogadores queridos por mim, custa-me e não gosto”.

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Questionado se as críticas podem abalar o balneário, respondeu com uma metáfora familiar: “O teu pai foi sempre simpático para ti no crescimento? Houve fases? Pois, é exatamente isso.”

Mourinho também abordou o regresso de Manu Silva, dez meses depois da grave lesão: “O Manu não tem 90 minutos, não começa o jogo… Se está convocado não vem para fazer número. Pode jogar, mas ainda apresenta limitações.”

Rodrigo Rêgo voltou a merecer palavras de apreciação, sobretudo no que diz respeito à adaptação tática: “O Rodrigo não pode jogar a lateral numa linha a quatro porque nunca o fez. Neste momento é um ala… Jogou bem e pode jogar amanhã.” Sobre o sistema para o jogo, manteve o sigilo: “O sistema não quero dizer, o meu colega certamente gostaria de saber.”

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Já sobre Rafael Obrador, explicou por que não foi titular no último jogo: “O Rego ficou comigo, trabalhou duas semanas… O Rafa Obrador tem de crescer do ponto de vista defensivo. Como começámos com três defesas, o Rego está mais rotinado nisso.”

Quando um jornalista sugeriu que Mourinho tem um registo exemplar na Holanda, o técnico interrompeu de imediato: “Isso não é verdade… As últimas três vezes que vim cá perdi contra o Feyenoord, perdi contra o AZ Alkmaar e empatámos com o Twente.”

Quanto ao maior desafio frente ao Ajax, a resposta foi simples: “O maior desafio é ganhar. Temos de jogar com o cérebro, não só com o coração.”

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E, antes de terminar, deixou uma nota de respeito pela instituição neerlandesa: “O que sei é que, nascido em 1963, consigo imaginar o que o Ajax significava para mim. O respeito que tenho pela equipa, pela história, pelos títulos… obviamente querem voltar a ser o gigante que apaixonou tanta gente.”

O Benfica defronta o Ajax esta terça-feira, às 17h45, em Amesterdão, num jogo que pode definir o futuro europeu dos encarnados.

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