O Benfica goleou o Auckland City por 6-0 no Mundial de Clubes, num jogo em que tudo parecia correr de feição aos encarnados.
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No entanto, o que dominou as manchetes internacionais não foram os golos de Barreiro, Di María ou Renato Sanches, mas sim uma discussão acesa entre Bruno Lage e Orkun Kokçu, que ocorreu aos 62 minutos e já corre mundo — especialmente em Espanha.
A substituição do médio turco por Renato Sanches não foi bem recebida por Kokçu, que não escondeu o desagrado no momento da saída. O jogador dirigiu-se ao banco com visível frustração, gerando uma troca de palavras tensa com o treinador, que respondeu de imediato. A cena rapidamente escalou e, como é habitual nos dias que correm, não escapou às câmaras nem aos comentários da imprensa estrangeira.
Imprensa espanhola destaca tensão no banco encarnado
O jornal SPORT descreveu a situação como uma “discussão incompreensível”, relatando que Kokçu “recriminou o treinador na área técnica” e que “a troca de palavras ia incendiando cada vez mais o turco, que chegou a apontar o dedo ao técnico”.
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O AS foi ainda mais gráfico:
“O golo de Renato Sanches não apaziguou a raiva do treinador, muito pelo contrário. Virou-se para o jogador turco e a resposta foi a raiva incontrolável e a ameaça de ir para o balneário. O sentimento em Orlando era quase unânime. O que deveria ter sido uma celebração parecia mais um funeral”.
Já a Marca escreveu que “nem tudo foram alegrias para o Benfica”, e relatou em detalhe o momento em que Bruno Lage terá proferido palavras tapando a boca — gesto seguido de uma resposta de Kokçu, que chegou mesmo a mandá-lo calar.
Apesar do clima tenso, ninguém interveio e o episódio não passou disso mesmo: um momento de elevada fricção num jogo que, ironicamente, decorreu sem qualquer tipo de pressão no marcador.
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Bruno Lage desvaloriza e fala em “episódio isolado”
No final da partida, Bruno Lage foi naturalmente confrontado com o episódio. O técnico preferiu relativizar o incidente e destacou o profissionalismo de Kokçu, referindo que tudo se tratou de uma demonstração de vontade em contribuir mais para a equipa.
“Foi a vontade de ganhar. O Kokçu queria marcar mais golos. Nós entendemos que, para isso, teria que entrar o Renato Sanches, que dois minutos depois fez o golo. Independentemente do que querem os jogadores, sou eu que tomo as decisões”, afirmou o treinador do Benfica.
Lage lembrou ainda que o comportamento do médio turco tem sido exemplar desde que chegou à Luz:
“É um episódio isolado. Tem tido sempre um comportamento muito bom, dentro e fora de campo. É a vontade de ajudar a equipa”.
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Embora o episódio tenha sido, até agora, tratado como uma ocorrência pontual, a sua projecção mediática mostra que, mesmo numa goleada tranquila, os nervos podem estar à flor da pele. E no futebol, basta um momento para a festa dar lugar à tensão.