É o fim de uma era no futebol neerlandês. O Vitesse, um dos clubes mais antigos dos Países Baixos, foi oficialmente afastado das competições profissionais, após o Tribunal Central dos Países Baixos recusar o último recurso do emblema de Arnhem para recuperar a licença desportiva.
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Fundado em 1892, o Vitesse acumulava 132 anos de história, tendo sido presença habitual na Eredivisie durante décadas. A queda começou na última temporada, quando, ao fim de 35 anos consecutivos no principal escalão, desceu à segunda divisão. Ainda assim, graças a doações privadas, conseguiu manter a licença profissional por mais uma época.
Contudo, os problemas financeiros agravaram-se, e a federação neerlandesa (KNVB) decidiu revogar a licença do clube. Sem conseguir cumprir os requisitos financeiros e administrativos exigidos, o Vitesse tentou, em desespero, recorrer aos tribunais civis, mas viu também essa última tentativa ser rejeitada.
A decisão agora conhecida dita o fim da participação do Vitesse nas competições profissionais, um desfecho amargo para um clube com tradição europeia e que, em 2017, chegou mesmo a conquistar a Taça dos Países Baixos — o único título oficial do seu palmarés.
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O desaparecimento do Vitesse do futebol profissional é mais um alerta para a instabilidade que afeta muitos emblemas históricos, mesmo em campeonatos de referência como o neerlandês, onde o clube chegou a ser conhecido como plataforma de desenvolvimento de jovens talentos, muitos deles ligados ao Chelsea, com quem teve uma parceria estratégica durante vários anos.
Sem plano de salvação à vista, resta agora ao Vitesse reorganizar-se nos escalões amadores, com o desafio de recuperar a identidade desportiva e, quem sabe, um dia regressar ao palco principal do futebol neerlandês.