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Nacional
27/01/25

Anselmi: Da tática dos três centrais ao pedido de mais uma vitrina no museu

Na apresentação como novo treinador do FC Porto, Martín Anselmi revelou que tem grandes expetativas para esta nova aventura.

Na conferência de imprensa de apresentação como novo treinador do FC Porto, Martín Anselmi revelou que tem grandes expetativas para esta nova aventura.

"Enormes, muito feliz. Aqui respira-se algo em que trabalhei toda a minha vida: paixão, cultura de trabalho, exigência, intensidade, luta. Mais importante do que os emblemas é esta essência que eu me identifico completamente. Conheço o FC Porto desde pequeno, sou adepto do Newell’s, conheço o Belluschi. O que se vibrou ontem no estádio fez-me sentir o que precisávamos. Vamos construir uma equipa competitiva, que é o primeiro objetivo. Para lutar até ao fim", afirmou.

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O argentino é conhecido por impor uma tática de três centrais e foi questionado sobre se teria condições para aplicar no atual plantel portista.

"Os números, os sistemas… Queremos encontrar vantagens para atacar. Podemos construir com três, mas se o líbero aparece como médio são quatro. Não podemos ter um sistema rígido, ofensivamente tem de ser livre e defender é segundo o rival. É preciso existir ordem, mas flexível porque gostamos de analisar o rival. Trabalhámos nos últimos anos com três centrais, mas não quero deixar algo fixo, porque estamos em construção, a evoluir, porque temos de nos reinventar perante o rival. O objetivo é o melhor sistema, a melhor estratégia para aproveitar as debilidades do rival", referiu.

Questionado sobre o diagnóstico a fazer perante o momento da equipa e as opções de que dispõe, Anselmi adotou uma postura prudente.

"Vou ser prudente. Os futebolistas são o contexto. Para vestir o FC Porto é sinal que tens capacidade. A partir daí o contexto é diferente e faz deles melhores ou piores. Vamos entender muito melhor do que são feitos, sabemos que são bons e queremos dar todas as ferramentas para que eles sejam melhores jogadores. Fazer um diagnóstico agora seria imprudente, porque só vamos ter melhor sensação quando começarmos a treinar", disse.

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O treinador assume que iniciar o seu trabalho a meio da época não é o melhor contexto mas deixou claro que isso não servirá de desculpa.

"Iniciar o processo a meio da época não é o melhor contexto. Mas é o que é. Temos de começar a trabalhar, primeiro com o objetivo de construir uma equipa competitiva. Hoje é recuperação, depois é preparar o jogo de quinta-feira, que é decisivo. Vamos tentar transmitir em pouco tempo a nossa essência", salientou.

Sobre os objetivos para esta aventura no FC Porto, Anselmi ambiciona acrescentar títulos ao museu dos dragões.

"São muito grandes. Vim do museu e pedi para construir mais uma vitrine para a enchermos. O FC Porto tem de lutar pelos títulos, mas não somos mágicos, somos treinadores, e preciso tempo. Como objetivo é ser melhor do que ontem. É a nossa cultura e temos de ter a humildade de perceber que é sempre possível ser melhor. Somos muito exigentes connosco e com os que nos rodeiam. E ver as melhorias a surgirem de semana para a semana estamos convencidos de que vamos chegar onde os portistas querem", considerou.

O argentino revela já ter uma ideia do plantel que terá em mãos mas considera que o treino diário dará mais informações.

"Fizemos análise intensa ao plantel, mas queremos descobrir em cada treino o que podemos fazer. Tenho a minha ideia, mas o jogador tem de compreender e defender. Temos de explicar porque fazemos isto em cada treino, gosto que o jogador dê a opinião e nos apresente soluções. Isso não se vê num vídeo, mas sim cara a cara. Gosto de trabalhar individualmente com cada jogador. Temos de aproveitar todas as horas de imagens porque temos pouco tempo e é preciso melhorar. Temos bons jogadores, capacitados para jogar à FC Porto", frisou.

Por último, Anselmi revelou o que o levou a aceitar o convite do FC Porto.

"É evidente o que significa o FC Porto e a nossa primeira experiência na Europa ser num clube tão grande, que nos abriu a porta com esta convicção foi algo que tornou difícil dizer que não. Senti que se não aceitasse, também não ia estar bem no Cruz Azul, dar tudo, porque ia ficar sempre a pensar. Os títulos, mas também a gente, todos os que trabalharam no FC Porto foram incríveis, ajudaram-nos em tudo e ainda mais do que esperávamos. E depois esta essência, a paixão, a cultura de trabalho, e para fazer as coisas bem é preciso fazê-las com paixão", concluiu.

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Elson Correia