No rescaldo da goleada por 5-2 frente à Dinamarca, que garantiu a presença de Portugal na final four da Liga das Nações, Roberto Martínez mostrou-se visivelmente satisfeito com a exibição da Seleção Nacional e com a resposta dada após o desaire em Copenhaga.
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O técnico espanhol sublinhou o ambiente criado no Estádio José Alvalade e apelou ao orgulho dos portugueses em relação à equipa das quinas.
«Tivemos uma festa de futebol e isso é o importante. A Seleção não é para críticas ao selecionador, é para estarmos orgulhosos e desfrutarmos dos jogadores que temos», afirmou.
O treinador reforçou que a vitória é fruto do trabalho acumulado ao longo de dois anos.
«Os jogadores que entraram hoje mostraram o trabalho feito, não só nos últimos dois dias, mas durante dois anos. Marcar cinco golos é sempre importante», afirmou Martínez, que aproveitou ainda para valorizar o desempenho coletivo:
«Fizemos um jogo que me deixa muito satisfeito. Limpámos totalmente a exibição da Dinamarca e vimos uma mistura de gerações: Bernardo Silva com 100 jogos e Quenda no banco».
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“Ronaldo foi muito importante. A equipa jogou igual”
Sobre a prestação da equipa após a saída de Cristiano Ronaldo, Martínez não viu diferenças significativas: «Vi a equipa totalmente igual. Cristiano fez um bom jogo, Gonçalo Ramos quando entrou também. Não vi diferenças».
Ainda assim, reconheceu o impacto de outros jogadores: «Hoje vimos uma Seleção com brilho, com qualidade e com valores incríveis. Diogo Jota e Trincão foram essenciais. Mas Ronaldo também foi muito importante».
Questionado sobre a possibilidade de ter lançado Geovany Quenda, o selecionador justificou com a necessidade de gerir o grupo e valorizar o crescimento sustentado dos mais jovens.
«Quenda está a crescer muito e tem um potencial incrível. Ver um jovem desfrutar da festa e aprender com quem tem 100 internacionalizações é ouro futebolístico».
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Só duas derrotas em dois anos
Martínez puxou dos galões ao recordar os números do seu percurso à frente de Portugal: «Em dois anos perdemos dois jogos oficiais. Um deles com a Geórgia, quando já estávamos apurados. Em 28 jogos oficiais, temos uma derrota. Não há muitas seleções assim».
Sobre o ambiente competitivo no balneário, o técnico revelou ter utilizado 42 jogadores desde que assumiu o cargo e garantiu que isso é sinal de saúde do grupo: «É a prova de que o balneário é forte, trabalha bem e o compromisso é total».
Por fim, destacou ainda a exibição de Vitinha, com quem trocou um abraço no momento da substituição: «Foi um comentário pessoal, para valorizar o trabalho dele. Vitinha cresceu muito nos últimos dois anos e é uma satisfação vê-lo neste nível».