Um ano depois de chegar ao Manchester United, Rúben Amorim reflete sobre os 12 meses de altos e baixos à frente dos red devils.
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Às vésperas do jogo com o Nottingham Forest, onde pode alcançar a quarta vitória consecutiva na Premier League, o treinador português admitiu que viveu momentos de dúvida, mas garante agora estar mais confiante do que nunca na sua equipa — e na sua escolha.
Em declarações à imprensa inglesa, Amorim reconheceu que o percurso até aqui não foi fácil.
“É difícil. Às vezes, em alguns momentos... sei que vais escrever isto, mas houve momentos difíceis de lidar, perder tantos jogos... Foi muito difícil para mim, porque este clube é o Manchester United”, começou por dizer o técnico.
O treinador recordou a pressão vivida no início da sua passagem, mas confessou que o tempo lhe deu a razão e a serenidade necessárias:
“Tive alguns momentos em que lutei muito e pensei que talvez não estivesse destinado a estar aqui. Hoje é o oposto. Podes escrever isto: hoje sinto, e sei, que esta foi a melhor decisão da minha vida e quero estar aqui”.
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Rúben Amorim destacou que a confiança mútua dentro do grupo é hoje muito maior do que há um ano.
“Temos de pensar de forma positiva, mas também temos de estar preparados porque o futebol é assim. Confio mais nos meus jogadores e acho que eles também confiam mais em mim. Nota-se isso, porque toda a gente está a dizer ‘uau, estão unidos e acreditam no treinador’. O importante é ganhar os jogos, e isso não mudou muito”.
O técnico, que tem procurado estabilizar o United após um período conturbado, acredita que o trabalho começa finalmente a dar frutos.
“Vamos prestar atenção aos detalhes e manter o rumo. Posso dizer que neste momento somos uma equipa melhor”.
Conhecido pela sua serenidade à beira do relvado, Amorim explicou a razão pela qual raramente deixa transparecer frustração.
“Muitas pessoas querem ver-me chegar aqui com cara de sofrimento, mas gosto de fazer o contrário. Desde o primeiro momento disse para mim mesmo: isto não vai mudar quem eu sou. Sou assim, vivo a minha vida desta forma”.
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Com o habitual toque de humor, o técnico português descreveu até o seu “equilíbrio emocional” durante os jogos:
“Pode dizer-se que me rio bastante, mas também se pode dizer que estou sempre [baixa a cabeça] assim no banco, e assim [a fingir exasperação]. É desta forma que vivo as emoções e acompanho a minha equipa”.
Fiel à sua filosofia, Amorim reiterou a importância de manter o sistema tático com três centrais, o mesmo que o tornou reconhecido no Sporting.
“Nunca me senti tentado a alterar porque sei que em duas semanas isso pode voltar a mudar. Tenho uma ideia clara de como quero fazer as coisas. Para mim, é um 3x4x3 que vamos adaptar consoante o adversário. Preciso de tempo, como qualquer treinador”.
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Apesar do bom momento, com a equipa em ascensão na Premier League, Rúben Amorim recusa embandeirar em arco.
“Agora estamos numa boa fase, mas tenho sempre aquela sensação de que algo pode mudar. É assim que vivo o futebol — com alegria, mas com os pés assentes no chão”.
