A polémica em torno de José Mourinho atingiu um novo e escandaloso patamar na Turquia. A direção da Federação Turca de Futebol, incluindo o seu presidente e todos os membros do Comité Disciplinar, apresentou a demissão imediata, após a divulgação de mensagens de WhatsApp onde se planeava prejudicar o técnico português na próxima temporada.
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Segundo revelou o Corriere dello Sport, as mensagens trocadas entre membros da estrutura disciplinar continham frases como “vamos fazê-lo pagar na próxima temporada” e “ele tem-se safado em demasia”, deixando claro que havia uma intenção deliberada de retaliação contra Mourinho, actualmente treinador do Fenerbahçe.
A situação tornou-se insustentável quando se soube que o próprio presidente do Comité Disciplinar — responsável por suspender Mourinho por quatro jogos — foi apanhado com uma camisola do Galatasaray, o maior rival do Fenerbahçe. O incidente foi interpretado como um claro sinal de parcialidade, alimentando ainda mais as suspeitas sobre perseguição institucional ao treinador português.
Esta revelação, somada ao conteúdo das mensagens agora expostas, precipitou a queda em bloco da direcção disciplinar da Federação Turca. A hostilidade crescente contra Mourinho, que tem sido uma figura vocal nas críticas à arbitragem turca e ao sistema federativo, está no centro deste escândalo sem precedentes.
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Recorde-se que Mourinho tem repetidamente acusado as instâncias do futebol turco de favorecerem o Galatasaray e chegou a afirmar que estava “a lutar contra um sistema” que não podia vencer. O escândalo agora confirmado parece dar razão ao técnico de 62 anos, reforçando a sua imagem de resistente num ambiente fortemente adverso.
O caso está a ter eco internacional e promete consequências de largo alcance, tanto no futebol turco como na reputação da Federação local, que se vê agora mergulhada numa crise de credibilidade institucional.