A boxeadora Imane Khelif voltou a denunciar as acusações da Federação Internacional de Boxe (IBA), que a impede de competir na categoria feminina, considerando as alegações “falsas e insultantes”.
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A atleta argelina, campeã olímpica na sua categoria, promete levar o caso aos tribunais.
💬 “A minha equipa está a estudar minuciosamente a situação e tomará todas as medidas legais necessárias para garantir que os meus direitos e os princípios de competição leal sejam respeitados. Vou lutar no ringue, nos tribunais e na opinião pública até que a verdade seja inegável”, afirmou Khelif, numa publicação no Instagram.
⚖️ IBA em confronto com o COI e os tribunais internacionais
A IBA, liderada pelo russo Umar Kremlev, anunciou na segunda-feira que apresentou uma queixa ao procurador-geral da Suíça, Stefan Blätter, e está a preparar ações legais em França e nos Estados Unidos.
A federação defende a sua decisão com base no recente decreto assinado por Donald Trump, que visa impedir que atletas transgénero participem em competições femininas. No entanto, nem Imane Khelif, nem Lin Yu-ting, outra pugilista afetada pela decisão, são mulheres transgénero.
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Ainda assim, a IBA insiste que a exclusão de Khelif e Yu-ting do Mundial de 2023 se baseou em critérios genéticos, alegando que as atletas são portadoras de cromossomas XY.
🔎 “Estamos muito felizes porque poderemos provar no tribunal que Khelif, segundo a base dos critérios de elegibilidade, não estava autorizada a participar de eventos de boxe feminino para garantir a segurança e uma oportunidade de igualdade às competidoras”, afirmou Kremlev.
🏅 COI defendeu a participação de Khelif e Lin Yu-ting
O Comité Olímpico Internacional (COI), que assumiu a organização do torneio olímpico de boxe após a exclusão da IBA em 2019, autorizou a participação das pugilistas com base nos seus passaportes, rejeitando as alegações da federação.