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Nacional
16/12/25 às 10:47

Análise FC Porto 3-1 Estrela da Amadora: Pequeno susto não ensombrou noite tranquila

O FC Porto cumpriu, venceu e manteve a liderança isolada da I Liga, ao bater o Estrela da Amadora por 3-1, numa noite que parecia resolvida desde cedo, mas que ainda trouxe um momento de desconforto a meio da segunda parte.

No final, a superioridade dos dragões falou mais alto e os três pontos ficaram, com justiça, no Estádio do Dragão.

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A equipa orientada por Francesco Farioli continua a assinar uma temporada de enorme regularidade. São já 13 vitórias em 14 jornadas, um registo histórico que apenas encontra paralelo em duas épocas do passado azul e branco: 1939/40, com Mihaly Siska, e 1990/91, sob o comando de Artur Jorge. Números que ajudam a contextualizar a dimensão do trajecto portista nesta fase do campeonato e que reforçam a consistência de um conjunto que raramente vacila.

A expectativa era de uma noite tranquila e o jogo começou precisamente nesse registo. O FC Porto assumiu desde cedo o controlo da posse de bola, empurrou o Estrela para trás e foi criando situações de perigo com naturalidade. O primeiro golo surgiu aos 17 minutos, quando Samu converteu com segurança uma grande penalidade, num lance antecedido por uma boa iniciativa de Alberto Costa pela direita. Com vantagem no marcador, os dragões mantiveram o domínio, circularam a bola com paciência e continuaram à procura do segundo golo.

Esse golo, no entanto, foi teimando em não aparecer. Apesar do controlo territorial e das várias aproximações à área adversária, o FC Porto não conseguiu traduzir a superioridade em mais golos antes do intervalo nem no início da segunda parte. E, como tantas vezes acontece no futebol, a falta de eficácia acabou por abrir espaço ao imprevisto. Aos 60 minutos, contra a corrente do jogo, o Estrela da Amadora chegou ao empate, lançando alguma ansiedade nas bancadas do Dragão.

Esse foi, ainda assim, um susto de curta duração. A resposta da equipa de Farioli foi imediata e reveladora da maturidade competitiva que este FC Porto tem vindo a demonstrar. Apenas dois minutos depois do empate, surgiu o momento-chave da partida. Num lance confuso dentro da grande área do Estrela, com vários remates intercetados, a bola sobrou para Francisco Moura, que, de pé esquerdo, atirou a contar e devolveu a vantagem aos azuis e brancos. Um golo que acalmou o jogo e voltou a colocar o FC Porto no controlo total da situação.

A partir daí, as dúvidas ficaram praticamente dissipadas. O Estrela tentou reorganizar-se, mas já não teve capacidade para voltar a discutir o resultado. Aos 73 minutos, Samu voltou a ser decisivo, ao marcar o terceiro golo do FC Porto, num lance dividido com um adversário, confirmando o triunfo portista e selando o resultado final em 3-1.

Em plano individual, Samu foi a figura da noite. O avançado espanhol voltou a marcar por duas vezes — acabaria por lhe ser atribuído também o terceiro golo — e atravessa um excelente momento de forma. Somou o terceiro jogo consecutivo a marcar, com cinco golos apontados nesse período, sendo justamente ovacionado pelo público e aplaudido pelo treinador no momento da substituição.

Nota positiva também para Alberto Costa, que regressou à titularidade e deu profundidade ao flanco direito, criando desequilíbrios e estando na origem da grande penalidade que desbloqueou o marcador. No eixo defensivo, Jan Bednarek voltou a assumir-se como patrão da defesa, imperial nos duelos e decisivo nas intercepções, transmitindo segurança a todo o sector recuado.

Francisco Moura ganhou especial relevo pelo golo marcado, menos interventivo no ataque do que Alberto Costa, mas sempre equilibrado na gestão defensiva. Do lado do Estrela da Amadora, destaque para Sidny Cabral, que apesar da infelicidade no lance do terceiro golo portista, foi dele a assistência para o empate e revelou grande disponibilidade física, cumprindo tanto a defender como a atacar.

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Com esta vitória, o FC Porto soma 40 pontos em 42 possíveis e mantém intacta a liderança destacada do campeonato. Um percurso sólido, sustentado e cada vez mais difícil de ignorar. Os dragões seguem confiantes e com razões claras para sorrir.