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Internacional
08/12/25 às 11:32

Abel Ferreira Dispara Contra a Imprensa: “É Absurdo Como se Fala de Prémios. Querem Saber? Perguntem-me”

O Palmeiras encerrou o Brasileirão com uma vitória frente ao Ceará, mas longe da possibilidade de celebrar o título, já assegurado pelo Flamengo. Mesmo assim, Abel Ferreira fez questão de destacar a campanha do verdão e, simultaneamente, apontar duras críticas à forma como a Imprensa tem tratado o seu nome e o clube.

O treinador português não poupou palavras e desmontou algumas das narrativas que circulam no futebol brasileiro.

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“É absurdo como se falam de prémios”

Sempre frontal, Abel Ferreira começou por clarificar a época do Palmeiras, sublinhando o desempenho sólido da equipa mesmo num ano de profunda reconstrução:

“Conseguimos bater um recorde: 76 pontos. Nunca ninguém ficou em segundo com essa pontuação, mas infelizmente alguém foi melhor. Num ano de reformulação, 17 saídas, 12 entradas, investimos dinheiro de forma planeada. Dos cinco títulos em disputa — Brasileirão e Libertadores — só um clube fez melhor.”

Mas rapidamente o técnico virou baterias para os rumores que têm circulado sobre prémios e valores contratuais atribuídos ao seu nome:

“É absurdo como se falam de prémios que eu ganharia. Não há nada disso. Quando quiserem saber, perguntem-me. Sou um livro aberto. Perguntem à Leila, ao Barros… É absurdo que jornalistas falem sem saber. Os valores que falam, tanto de prémios como de salários, são absurdos. Precisam de dizer a verdade para não enganar ninguém.”

Abel reforçou que as informações estão acessíveis e auditáveis:

“Apurem na CBF, o meu contrato está lá. O clube valorizou o nosso trabalho pelos títulos que ganhámos.”

“Quando o Palmeiras não quiser mais os meus serviços, tudo bem”

Sobre o futuro, o treinador português mostrou-se tranquilo e até filosófico:

“Quando o Palmeiras não quiser mais os meus serviços, tudo bem. Eu mudo de lugar e continuarei a ser treinador, porque é o que amo.”

Abel voltou a criticar a criação de narrativas mediáticas, que considera injustificadas:

“Se fosse por dinheiro, era impossível o Mirassol terminar no lugar em que terminou. Porque criam essas narrativas? As pessoas querem saber como funcionam os media?”

Com cinco anos de experiência no futebol brasileiro, Abel diz conhecer bem o terreno:

“Aqui é 50% Rio de Janeiro, 50% São Paulo. Em São Paulo dividimos por Santos, Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Se for possível dividir, são quatro rivais contra um.”

“O Palmeiras tem 25% da imprensa. Os outros 75% fazem narrativas para prejudicar o clube”

Numa análise estrutural ao ecossistema mediático brasileiro, Abel Ferreira desvaloriza a ideia de que existe uma perseguição directa, mas reconhece desequilíbrios claros:

“A imprensa não é contra o Palmeiras. O clube tem 25% da imprensa, mas os outros 75% fazem narrativas que prejudicam o clube.”

Ainda assim, o técnico destacou que o estatuto do Palmeiras nunca foi tão forte como agora:

“Nunca na história o Palmeiras foi tão respeitado, tão equilibrado financeiramente e desportivamente. Não somos uma equipa velha, só temos menos recursos que outros. Mas, pela estrutura que temos, conseguimos competir com menos recursos e estamos sempre a disputar títulos.”

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Um Abel transparente, crítico e consciente

As declarações do português reforçam o perfil que já se tornou marca registada no Brasil: directo, analítico e sempre defensor do seu grupo de trabalho. A época termina sem título, mas não sem mensagens fortes — para os adeptos, para o clube e, claramente, para a Imprensa.