O treinador do FC Porto, Francesco Farioli, projetou este domingo o encontro frente ao Moreirense, marcado para esta segunda-feira, às 20h15, reconhecendo a qualidade do adversário e a necessidade de uma resposta forte dos dragões.
“Ganharam os quatro jogos em casa. Têm um grande registo em casa. É um jogo que vai exigir muito de nós. Trata-se de uma equipa muito bem organizada, muito bem orientada, com jogadores com muita qualidade. Temos de estar prontos para competir e para recomeçar o nosso caminho na Liga.”
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Depois da derrota frente ao Nottingham Forest, o técnico italiano garantiu que o grupo continua unido e que os adeptos têm sido solidários, recusando leituras negativas sobre o desempenho da equipa.
“No futebol, ganhamos, empatamos e perdemos alguns jogos. Estamos a fazer de tudo para ganhar sempre, porque é o que o FC Porto exige. Creio que os adeptos estão connosco e apreciaram a nossa exibição lá. Vi alguns comentários, de alguns de vocês, após o jogo e, para ser justo, creio que muitos deles foram emocionais e não sobre a realidade do jogo, para ser honesto. Jogámos um jogo muito corajoso. Vi uma equipa que tentou jogar contra uma equipa de bloco baixo. Pressionámos, defendemos bem e atacámos também bem.”
Farioli lembrou que é exigente consigo próprio e com o grupo, destacando que, mesmo após vitórias, não abdica da autocrítica:
“Sou muito crítico. Depois do 3-0 contra o Rio Ave, vim à conferência e recebi muitos comentários positivos, e estava furioso por dentro porque não jogámos tão bem. Contra o Nottingham foi um bom jogo decidido por penáltis.”
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O treinador analisou também as dificuldades ofensivas frente a equipas que defendem com linhas recuadas, sublinhando que o Porto criou as melhores oportunidades frente a Benfica e Nottingham.
“Quando defrontamos equipas que decidem defender em bloco baixo, é normal que a qualidade possa ser mais baixa. A realidade é que, em ambos os jogos, a equipa teve as melhores oportunidades. Se não fossem os penáltis em Nottingham, o adversário nem teve golos esperados em jogo jogado. Não concedemos isso nem contra o Benfica nem contra o Nottingham. Penso, mais uma vez, que as duas exibições foram positivas, não brilhantes, mas também depende da forma como o adversário joga. São dois resultados que precisamos de aceitar. Desde que estou aqui ganhámos 92% dos jogos.”
Sobre o fim da invencibilidade, Farioli admitiu algum desapontamento, mas garantiu que o foco já está totalmente virado para o próximo desafio.
“Era um bom sentimento de se ter. Não queríamos deixar de sentir, mas o resultado chegou num jogo inserido num calendário muito apertado. Muitos jogos, uns atrás dos outros e de competições diferentes. Portanto, como sempre depois das vitórias, temos de seguir em frente. Não foram bons resultados, mas temos de preparar o jogo de amanhã, que vai exigir muito de nós. Temos de ter pernas, fogo dentro de nós e o futebol certo para meter no relvado.”
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Questionado sobre Gabri Veiga, o técnico explicou a gestão do médio espanhol, que ainda procura atingir a melhor forma.
“São várias razões. O Gabri, antes do arranque da época, teve uma pequena lesão, depois alguns problemas que atrapalharam a sua evolução. Temos de gerir isso. O Gabri trabalha muito para alcançar a melhor condição dele. É um jogador que precisa de estar no seu melhor para suportar as suas qualidades. É muito explosivo. É normal ter esta gestão, para tudo estar no ponto certo. O Gabri tem trabalhado muito bem em todas as áreas. Está a adaptar-se a uma nova realidade, porque são jogos europeus. Ainda não vimos a sua melhor versão, mas acredito que em breve poderemos ver.”
Por fim, Farioli analisou o desempenho ofensivo dos dragões, admitindo que há margem para crescer, mas elogiando a consistência da equipa.
“Depende da equipa que defrontas, da forma em que estão... Contra o Benfica tivemos três grandes oportunidades e nestes jogos é tudo muito apertado. Quando crias três e concedes zero, e quase aconteceu com o Nottingham, tirando os penáltis, diz muito como jogas. Às vezes tens mais sorte e a bola entra, e outras vezes não. Temos de fazer uma análise tática. Temos de ser objetivos para avaliar as coisas que estão a ser bem feitas. Se podemos melhorar? Claro.”
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Com o discurso de exigência e confiança que o caracteriza, Francesco Farioli deixou claro que o FC Porto vai a Moreira de Cónegos determinado a regressar às vitórias e a “reacender o fogo” competitivo que tem guiado o início da sua era no comando técnico dos dragões.
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