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Nacional
23/07/25

Ex-treinador do FC Porto deixa conselho a Mora perante hipótese de saída

Rodrigo Mora terminou a última temporada em alta e tem sido apontado como uma das maiores promessas do FC Porto.

Rodrigo Mora terminou a última temporada em alta e tem sido apontado como uma das maiores promessas do FC Porto.

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No entanto, o reforço do meio-campo com nomes como Gabri Veiga, Viktor Froholdt e o possível interesse em Kenneth Taylor levanta dúvidas sobre o espaço que o jovem médio português poderá ter na nova época. Ainda assim, para Israel Dionísio, técnico com longa ligação aos escalões de formação dos dragões, o caminho de Mora deve continuar no Dragão — pelo menos mais um ano.

Em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, o treinador de 50 anos considera que uma saída neste verão, ainda que financeiramente aliciante, não seria o melhor para o jogador… nem para o clube.

"Acho que não é o momento de ele sair. A ser uma venda neste momento, é uma venda precoce por parte do FC Porto", sublinhou.

Oportunidade ganha por mérito próprio

Rodrigo Mora destacou-se na recta final da última época, num contexto em que o FC Porto não atravessava o seu melhor momento. Essa instabilidade acabou por abrir espaço ao jovem médio, que soube agarrar a oportunidade com exibições consistentes, culminando até com a chamada à fase final da Liga das Nações.

"Uma das razões para que ele tenha conseguido ter o espaço que teve foi o facto de o FC Porto não ter estado no nível a que costuma estar. Como a equipa estava frágil, ele acabou por ser lançado mais tempo. A meritocracia acabou por ser conseguida por ele", explicou Dionísio.

Apesar das mudanças em curso com a chegada de Francesco Farioli e o reforço do plantel, o técnico acredita que Mora continuará a ter espaço na equipa, desde que mantenha a atitude e o rendimento nos treinos.

"Os plantéis são sempre construídos com 22 jogadores, dois por posição. O FC Porto não vai fugir à regra. Depois, o tempo de jogo depende do mérito. A chamada à Seleção Nacional é um reconhecimento de um potencial muito grande".

Gabri Veiga, camisola 10… e o número que não decide nada

A escolha de Gabri Veiga para herdar a camisola 10 gerou surpresa, sobretudo por muitos esperarem que o número fosse entregue a Rodrigo Mora. Israel Dionísio, porém, desvaloriza esse simbolismo.

"Isso é subjetivo. O número nas costas não define o jogador. O tempo de jogo e o lugar conquistam-se pelo rendimento. Acredito muito no potencial do Rodrigo".

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Dionísio reforça a ideia de que o FC Porto está a montar um plantel mais qualificado e competitivo, o que pode beneficiar o jovem médio, permitindo-lhe jogar com mais qualidade à sua volta e evoluir ainda mais.

"Na posição em que o Mora joga, o jogador precisa de ser sustentado com mais qualidade. Pode ser um ano para continuar a exponenciar as suas capacidades".

PSG? Ficar ainda é o melhor caminho

Apesar do alegado interesse do PSG — onde encontraria compatriotas como Nuno Mendes, Vitinha, Gonçalo Ramos e João Neves —, Israel Dionísio deixa um conselho claro: continuar no FC Porto, pelo menos, mais uma época.

"Se estivesse no lugar do Rodrigo, se calhar, não sairia. Este é um bom ano para ele ficar. Se mantiver o nível, para o ano a saída poderá ser iminente e desejada por todos".

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Para o treinador, sair agora poderia comprometer o processo de crescimento que Mora iniciou no Dragão. E, mais do que uma questão financeira, o momento certo pode fazer toda a diferença na carreira de um jovem talento.

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André Miguel Rodrigues