Portugal regressa ao Estádio do Dragão este domingo com um objetivo claro: vencer a Arménia e garantir o apuramento direto para o Mundial 2026.
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Na antevisão ao encontro decisivo, Roberto Martínez reconheceu o impacto da derrota contra a Irlanda, mas garantiu que o grupo transformou a frustração em motivação.
“Temos uma equipa com muita responsabilidade e autocrítica e o que tentamos fazer é criar um ambiente onde podemos crescer depois de um jogo, ainda mais depois de uma derrota. Ficámos tristes, não é momento de falar desse jogo, mas a tristeza é agora uma oportunidade. Vamos jogar em casa, com os nossos adeptos, contra uma equipa que respeitamos muito, mas queremos mostrar o nível que já mostrámos fora de casa e fechar o apuramento”, afirmou.
O selecionador destacou ainda o crescimento coletivo da equipa ao longo dos últimos estágios e a forma como os jogadores reagiram no relvado após o desaire de Dublin.
“Já são quase três anos. A dinâmica em termos coletivos é muito estável, nós gostamos de rever o jogo, os nossos desempenhos e utilizar o tempo para crescer muito. Já tivemos derrotas juntos, tentamos melhorar. O tempo com os jogadores é mínimo, então é tempo de qualidade. No treino, os jogadores estavam cheios de energia e vontade de mostrar o nosso melhor nível e tentar ganhar mais um jogo em frente dos nossos adeptos”, explicou Martínez.
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A presença de Pedro Proença na conferência de imprensa foi um sinal de união na estrutura federativa, segundo o técnico espanhol.
“Estamos a trabalhar juntos e unidos, essa força é importante em todos os momentos, depois de vitórias e derrotas. Temos um ambiente ganhador, é o último jogo e estamos à espera de fechar aquilo que trabalhámos muito nos últimos três estágios, que é o apuramento para o Mundial e estamos todos juntos”, frisou.
O treinador português sublinhou também a importância do ambiente no Dragão, lembrando que a Seleção já viveu ali momentos decisivos.
“No Dragão já tivemos, historicamente, grandes memórias. Antes do meu tempo foi o play-off com a Macedónia do Norte, no meu tempo foi o apuramento com a Polónia, uma força incrível dos adeptos, o apuramento com a Eslováquia... A Irlanda usou o seu estádio muito bem e nós podemos fazer isso muito bem. Os adeptos fazem toda a diferença contra as equipas de fora e vamos utilizar isso”, garantiu.
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Sobre a expulsão de Cristiano Ronaldo frente à Irlanda, Martínez classificou o lance como uma reação a provocações e não como violência.
“A reação do Cristiano foi uma reação a uma provocação que começou no início do jogo, em todos os lances em que os centrais estavam na área com o Cristiano, que começou na conferência de imprensa no dia anterior. O Cristiano continuou a tentar jogar, outros jogadores tinham caído na área para tentar um penálti, mas não é um vermelho de ação violenta, é uma reação à provocação. Seria muito injusto ser uma sanção longa”, afirmou.
Ainda assim, o técnico explicou porque o capitão não estará no Dragão.
“Um jogador lesionado e castigado não está na seleção porque o foco dele não é o jogo. Trabalhamos sempre assim. Não está na convocatória para o jogo, não está na seleção. Já fizemos isso. O Bruno não estava na Irlanda, o Cristiano teve cartões com a Eslováquia e, no Luxemburgo, o Cristiano não estava e foi a maior vitória de sempre. São perguntas de falta de respeito para o Cristiano e os jogadores da seleção. É como questionar o compromisso do Cristiano com a seleção. Porquê falar disso? É o nosso capitão, ganhou muitos jogos pela seleção, o compromisso dele é impecável e agora está castigado e não pode estar aqui”, disse.
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Questionado sobre a possibilidade de Gonçalo Ramos assumir a frente de ataque, Martínez manteve a cautela habitual, mas elogiou o momento do avançado.
“Gostamos de trabalhar com dois jogadores por posição e o Gonçalo Ramos é um ponta de lança natural, que já teve muitos bons momentos na seleção, está num momento muito bom, é o jogador com maior média de golos por minuto nas competições europeias. Não posso falar do onze inicial, mas vai ser importante”, admitiu.
Por fim, analisou o adversário de domingo, lembrando que a Arménia é muito mais competitiva do que muitos pensam.
“É uma equipa que tenta jogar por dentro, uma equipa inteligente, tem jogadores com capacidade criativa e depois, defensivamente, joga com linha de cinco. É uma equipa que fez jogos muito bons com a Irlanda, a vitória mostra o trabalho da seleção. É uma equipa muito competitiva e respeitamo-la muito”, concluiu.
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Portugal entra em campo às 14h00 no Estádio do Dragão, sabendo que a vitória basta para garantir o passaporte para o Mundial 2026. A reação à queda em Dublin será agora posta à prova diante de um estádio que promete estar cheio para empurrar a equipa rumo ao objetivo.
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