Jaime Faria, 21 anos, escreveu esta quinta-feira mais uma página de ouro no ténis português ao qualificar-se para o quadro principal de Wimbledon, tornando-se apenas no segundo tenista nacional a consegui-lo através do qualifying. O feito não era repetido desde 1999, quando Nuno Marques conseguiu igual proeza no histórico All England Club.
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Com uma exibição sólida e determinada, o jovem português, atualmente 117.º do ranking ATP, bateu o francês Kyrian Jacquet (151.º) em quatro sets – 7-5, 4-6, 6-3 e 6-2 – num duelo que durou 2h40 minutos. Apesar das 10 duplas faltas, Faria compensou com 13 ases e um desempenho muito eficaz nos momentos decisivos, sobretudo no terceiro e quarto sets.
Terceira presença em Grand Slam… só este ano
2025 tem sido o ano de afirmação internacional para Jaime Faria. Esta entrada em Wimbledon marca a sua terceira presença num quadro principal de um torneio do Grand Slam… e todas elas em 2025. Em janeiro, brilhou no Open da Austrália, onde superou o qualifying e apenas caiu na segunda ronda, frente ao número 1 mundial Novak Djokovic. Em Roland Garros, no mês passado, entrou directamente no quadro principal, mas perdeu logo na primeira ronda com o norte-americano Jenson Brooskby.
Wimbledon será, assim, mais um palco para Faria testar o seu crescimento e confirmar o bom momento de forma. O sorteio do quadro principal realiza-se esta sexta-feira, às 10h00.
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Portugal em força no All England Club
Além de Jaime Faria, Portugal estará representado no quadro principal de Wimbledon por Nuno Borges, tanto em singulares como em pares, e por Francisco Cabral, exclusivamente na variante de pares.
É a primeira vez em muitos anos que o ténis português apresenta um trio tão competitivo no torneio de relva mais prestigiado do mundo, e a qualificação de Faria via três rondas de qualifying vem reforçar o sentimento de que a nova geração nacional está pronta para se bater com os melhores.
O peso da história
A última vez que um português conseguiu ultrapassar o qualifying masculino de Wimbledon foi em 1999, com Nuno Marques. Em 2022, Nuno Borges também entrou no quadro principal, mas como lucky loser (beneficiando da desistência de outro jogador), o que dá ainda mais brilho à conquista de Faria.
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Em boa forma e com confiança acumulada, Jaime Faria prepara-se agora para uma nova aventura em Wimbledon, onde poderá, mais uma vez, fazer sonhar os adeptos portugueses com uma carreira em ascensão meteórica.