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Nacional
22/05/25

O gesto de Varandas com o adepto que perdeu um olho na festa do título

Frederico Varandas, presidente do Sporting, visitou esta quarta-feira Bernardo Topa, o adepto leonino de 28 anos que perdeu um olho durante as celebrações do bicampeonato.

O futebol é paixão, festa, mas também responsabilidade. Frederico Varandas, presidente do Sporting, visitou esta quarta-feira Bernardo Topa, o adepto leonino de 28 anos que perdeu um olho durante as celebrações do bicampeonato, após ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pela PSP, na zona do Saldanha. Um episódio trágico que lançou um manto sombrio sobre a festa verde e branca. 

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A visita decorreu no Hospital de São José, em Lisboa, onde Bernardo foi submetido a uma cirurgia para retirar estilhaços do projétil. Varandas não levou apenas palavras de conforto, mas também um gesto simbólico que é mais do que uma prenda: entregou-lhe a nova camisola do Sporting para a temporada 2025/26, personalizada com o número 12 — o número do adepto — e o nome “Topa” gravado nas costas

Mais do que um gesto simbólico 

A visita de Varandas seguiu-se ao comunicado emitido pelo clube, no qual o Sporting reiterou a sua solidariedade com a vítima e anunciou estar a colaborar com as autoridades para apurar responsabilidades. O clube promete não deixar cair o caso e exige respostas perante o que considera uma resposta desproporcionada das forças policiais. 

O Sporting Clube de Portugal está a acompanhar o caso de perto e a colaborar com as autoridades competentes. Os adeptos não podem ser tratados como alvos. A festa terminou, mas a luta pela justiça continua”, lê-se no comunicado emitido esta quarta-feira. 

A camisola entregue a Bernardo Topa é o novo manto verde e branco, que só será oficialmente lançado nos próximos dias. O gesto não é apenas um mimo: é um símbolo de pertença. Um lembrete de que, independentemente da tragédia, o Sporting está com os seus. De que, no meio de tanto ruído, há gestos que contam. 

Num tempo em que se questiona cada vez mais a forma como a segurança pública lida com as manifestações populares ligadas ao futebol, esta visita mostra que os clubes — quando querem — podem ser muito mais do que instituições desportivas. Podem e devem ser agentes de cidadania. 

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André Miguel Rodrigues