Este não foi o primeiro capítulo da saga de Rush. Em 2022, já tinha corrido uma meia maratona com 111 camisolas. Depois veio outro atleta, que elevou a fasquia para 127. Rush tentou reconquistar o título em 2024, mas a circulação no pescoço decidiu desistir antes dele — um pormenor desagradável quando se está a tentar correr 21 quilómetros. Um ano depois, insistiu, reforçou o treino e voltou à carga. Literalmente.
As condições eram, no mínimo, curiosas. Rush conta que deixou de sentir as mãos, lutou contra o sobreaquecimento e abraçou a claustrofobia como se fosse mais uma camada de roupa. As camisolas impediam-no até de levar comida à boca ou água ao nariz — é o preço a pagar por vestir 137 peças ao mesmo tempo. Só para vestir tudo, precisou de uma equipa dedicada, já que sozinho só conseguia meter 40 camadas. O resto transformou-se num Tetris humano entre tecido, braços e força de vontade.
O treino também merecia um documentário: várias camisolas, blusas de lã, casacos impermeáveis, gorros, luvas e ainda uma mochila com mais 15 a 23 kg para simular o peso final. Com este tipo de preparação, a pergunta não é “porquê?”, mas “como?” — e, claramente, “até quando?”.
Rush não é novo nestas extravagâncias. Ao longo da vida já bateu mais de 350 recordes do Guinness e mais de 150 só desde 2022. O mais recente? Em novembro, conseguiu andar de monociclo enquanto segurava sete bolas de bowling ao mesmo tempo. Sim, alguém achou que isto precisava de ser medido — e Rush tratou de elevar a fasquia.
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O Guinness descreve-o como “um recordista nato”. Nós descrevemo-lo como o tipo que provavelmente consegue vestir todas as camisolas de uma loja de uma só vez… e ainda tem fôlego para correr 21 quilómetros no fim.