A poucos dias da estreia oficial do FC Porto no Mundial de Clubes, marcada para este domingo, 15 de junho, às 23h00 (hora de Portugal continental), frente ao Palmeiras, o treinador dos dragões, Martín Anselmi, concedeu uma entrevista à DAZN onde traçou o perfil do grupo, os objectivos da equipa e destacou a chegada de Gabri Veiga como uma mais-valia para o plantel.
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Mundial de Clubes: competição sem margem para erros
Anselmi começou por sublinhar o carácter singular da competição:
«É uma competição diferente, jogada num único local e com um formato exigente. Todos os jogos vão ter muita intensidade. Os detalhes vão ser muito importantes, não há margem para errar. Estamos contentes por representar o FC Porto com o prestígio que isso implica. A nível pessoal, estou a desfrutar da experiência com o grupo e da preparação dos jogos».
Grupo complicado com adversários experientes
Sobre os adversários do grupo, o técnico argentino não escondeu o grau de dificuldade:
«É um grupo forte. O Palmeiras é uma das maiores equipas da América do Sul, com um treinador experiente e títulos importantes no currículo. O Inter Miami tem nomes sonantes e experiência no plantel. O Al Ahly é um dos grandes de África, muito intenso e combativo. Vai ser uma batalha dura, com desafios definidos nos pormenores».
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Objectivo: competir no presente
Anselmi reforçou que a chave está em focar-se no presente, jogo a jogo:
«Temos de competir ao máximo em cada jogo. Estar focado no presente é fundamental. Ganhar ou perder não pode mudar a atitude. Cada duelo é um mundo. Queremos competir como sabemos e assim estaremos mais perto dos nossos objectivos».
A identidade do FC Porto
Na abordagem táctica, o treinador foi claro sobre o estilo da equipa:
«Não gosto da palavra impor. Temos uma essência: ser protagonistas, ter a bola, controlar o jogo com posse, pressionar alto. Mas também saber esperar, agrupar, pressionar no momento certo. É preciso inteligência e leitura do jogo para forçar o erro do adversário. E atacar com base nas vantagens que nos são dadas: espaço, superioridade numérica, ou um homem livre».
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Evolução e química no plantel
Anselmi destacou o progresso da equipa:
«Já se nota evolução. No último jogo com o Nacional, por exemplo, encontrámos vantagens sem entrar em desespero. O Fábio atrai o adversário, o Samu aparece no espaço, e ganhámos um penálti. O Mundial de Clubes não marca uma nova época, mas sim uma oportunidade para nos reencontrarmos, mantermos a identidade e competirmos ao mais alto nível».
Gabri Veiga: fome e vontade de brilhar
Recém-chegado ao clube, Gabri Veiga mereceu elogios do treinador:
«Todos conhecem a qualidade do Gabri antes de sair para a Arábia. Chegou com muita fome e vontade de provar que tem lugar no futebol europeu. É inteligente, quis logo integrar-se e não quis ir de férias. Foi bem formado, ouve, percebe o jogo, e isso conta muito para mim».
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Porto, cidade e identidade
O treinador portista também partilhou a sua relação com a cidade:
«O Porto tem qualidade de vida. Vou de bicicleta buscar o meu filho à escola, algo impensável na Cidade do México. A cidade transmite a paixão do adepto do FC Porto: exigente, apaixonado, que quer que se lute até ao fim. Gosto muito disso».
O impacto do Estádio do Dragão
Por fim, Anselmi não escondeu o que sente sempre que entra no Estádio do Dragão:
«É sempre especial. Sinto arrepios cada vez que entro no estádio. Quando ouço o hino e vejo a multidão a cantar, fico com pele de galinha. Não quero perder essa sensação. Dá-me a energia para defender estas cores».
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O FC Porto estreia-se assim no novo formato do Mundial de Clubes com ambição e convicção, apostado em representar com honra o nome do clube num dos maiores palcos do futebol mundial.