A chegada de Luuk de Jong ao FC Porto foi uma das surpresas do mercado nacional, não apenas pela experiência do avançado neerlandês de 34 anos, mas também pelo impacto que pode ter num plantel marcado pela juventude.
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Com quase 700 jogos como profissional e 291 golos, o ex-PSV Eindhoven, que também passou por clubes como Barcelona, Sevilha, Newcastle e Borussia Mönchengladbach, assinou pelos dragões por uma época, com mais uma de opção.
Para perceber melhor o que o internacional neerlandês pode oferecer à equipa de Francesco Farioli, o jornal O JOGO ouviu Francisco Costa, antigo analista do FC Porto e atual treinador adjunto do Fortuna Sittard, que destacou as principais virtudes do avançado.
“É um avançado de área típico, com uma alta estatura, muito forte no jogo aéreo ofensivo e defensivo. Faz muitos golos de cabeça através de situações de cruzamento, onde é muito forte a reagir”, explicou, sublinhando ainda a sua intuição dentro da grande área:
“Não é tanto um avançado de zona específica, mas sim alguém com grande instinto para atacar os cruzamentos”.
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Costa acrescentou que De Jong não se limita a esperar na área pela finalização:
“Tem alguma facilidade em jogar, por exemplo, no apoio frontal, em espaços muito curtos. Faz bons movimentos de apoio nas zonas curtas, sendo muitas vezes a ligação a um terceiro homem”.
Ainda assim, o técnico deixou uma nota de prudência sobre a sua utilização:
“Não é um avançado com grande capacidade de pressão. Sei que Farioli gosta de uma pressão alta, por isso acredito que o Luuk de Jong será muito para ele aquilo que foi em muitos momentos o Wout Weghorst no Ajax: um segundo avançado para jogos mais fechados, onde o FC Porto tem mais bola”.
O ex-analista portista não acredita numa dupla regular com Samu, mas vê em De Jong uma peça crucial em determinados cenários:
“O Samu em todos os momentos do jogo vai acabar por oferecer mais, mas o Luuk será muito útil para entrar em partidas em que o FC Porto esteja com dificuldade em fazer um golo”.
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Apesar das dúvidas sobre a sua capacidade de adaptação fora da Eredivisie – onde apresenta uma média de 0,52 golos por jogo, bem superior aos 0,18 golos por partida registados em campeonatos como Inglaterra, Alemanha e Espanha – Francisco Costa considera que o reforço pode trazer muito mais do que golos.
“Ele tem capacidade de liderança, era um dos capitães do PSV Eindhoven. Isso pode ser muito importante num plantel jovem como o do FC Porto. Para além da experiência, pode ajudar a formar comportamentos, elevar o nível competitivo e acrescentar soluções ao ataque”.