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Nacional
30/06/25

Ministério Público não foi meigo na pena de prisão que pediu para Fernando e Sandra Madureira

Começaram esta segunda-feira as alegações finais da Operação Pretoriano e o Ministério Público não deixou margem para dúvidas.

Começaram esta segunda-feira as alegações finais da Operação Pretoriano e o Ministério Público não deixou margem para dúvidas: pediu penas de prisão efetiva superiores a cinco anos para Fernando e Sandra Madureira, figuras centrais no processo que abalou o universo do FC Porto

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A informação foi avançada pelo Jornal de Notícias, que acompanhou o arranque das alegações no Tribunal de Matosinhos. A procuradora Susana Catarino foi taxativa ao referir que manter os arguidos em liberdade “seria passar a mensagem de que podem fazer tudo”. Para além do casal Madureira, foram também pedidas penas de prisão (embora mais leves) para Vítor Catão, Hugo Carneiro, Vítor Aleixo e o filho Vítor Bruno

Assembleia Geral marcada por intimidação e violência 

No centro do processo está a tumultuosa Assembleia Geral do FC Porto, de 13 de novembro de 2023, marcada por incidentes que incluíram intimidação de sócios, agressões físicas e um clima de violência generalizada nas bancadas, com repercussões que chegaram ao hospital. 

A procuradora sublinhou que chegou o momento de fazer justiça: 

“É altura de fazer justiça a todos aqueles que não se puderam expressar livremente, que ainda hoje vivem com medo dos arguidos, que não puderam fazer o seu trabalho e que tiveram de ir ao hospital. Estas pessoas merecem justiça”.

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“Clima de medo” para garantir aprovação de estatutos 

Segundo o Ministério Público, o objetivo de Fernando Madureira, conhecido líder dos Super Dragões, passava por criar um ambiente de medo e intimidação para forçar a aprovação dos novos estatutos do clube, mantendo assim a sua influência e o estilo de vida associado ao poder nas bancadas. 

“O plano visou arregimentar pessoas ligadas aos Super Dragões e levá-las à AG com vista a condicionar as deliberações e os sócios que não fossem favoráveis, atirando objetos, agredindo e impedindo que falassem”, afirmou a procuradora. 

Apesar da gravidade dos acontecimentos, foi também sublinhada a inação da mesa da Assembleia Geral, que “se manteve impávida e serena, fechando os olhos ao clima de intimidação e medo”. 

Processo envolve 12 arguidos e 31 crimes 

Ao todo, estão acusadas 12 pessoas, com o Ministério Público a apontar 31 crimes

  • 19 de coação agravada 
  • 7 de ofensa à integridade física em contexto de espetáculo desportivo 
  • 1 de arremesso de objetos ou líquidos 
  • 3 de atentado à liberdade de informação 
  • 1 de posse de arma proibida (Hugo Loureiro) 

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As alegações finais prosseguem nos próximos dias e deverão marcar o destino de um dos processos mais polémicos dos últimos anos no futebol português. Se as penas forem aplicadas como sugerido, Fernando Madureira poderá enfrentar o cenário inédito de prisão efetiva — e o impacto será certamente sentido também nos bastidores do FC Porto. 

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