O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aplicou uma multa de 15.300 euros ao Benfica, na sequência da invasão de campo protagonizada por um adepto no Estádio da Luz, após o dérbi frente ao Sporting. O incidente, ocorrido no final do encontro, envolveu um adepto identificado como Alfredo Beirão, que entrou no relvado e se dirigiu ao árbitro João Pinheiro, num claro confronto.
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Segundo o acórdão do Conselho de Disciplina, o clube encarnado agiu com “negligência grave”, considerando-se que, sendo o Benfica uma entidade com elevada experiência e responsabilidade organizativa, não garantiu os níveis mínimos de segurança exigidos.
“No caso em apreço, é nossa convicção que a Arguida (…) agiu com negligência grave, por se tratar de clube especialmente experiente e qualificado”, pode ler-se na deliberação.
Registo disciplinar pesa na decisão
Embora esta tenha sido a primeira condenação na presente época por invasão de campo, o Conselho de Disciplina sublinhou o historial recente do Benfica em matéria disciplinar, nomeadamente no que diz respeito ao uso de pirotecnia por parte dos adeptos. A decisão reforça que, apesar de não haver reincidência específica no tipo de infração agora em causa, o clube apresenta já um número significativo de condenações transitadas em julgado por falhas na segurança.
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“No que concerne às exigências de prevenção especial ou individual, avulta que as mesmas são elevadas quanto à arguida, dado o elevado número de condenações (…) cometidas nesta mesma época”, refere o comunicado. Ainda assim, o órgão disciplinar salienta que, não existindo uma infração anterior idêntica ao caso presente, não se aplica a circunstância agravante de reincidência.
Responsabilidade e medidas preventivas
A multa de 15.300 euros vem assim penalizar o clube da Luz não só pelo incidente em si, mas também por aquilo que o Conselho de Disciplina entende ser uma falha grave nos deveres de segurança e prevenção. Num contexto de elevada exposição mediática e exigência organizativa, a FPF pretende deixar claro que episódios como este não podem passar impunes, mesmo que se tratem de ações individuais de adeptos.
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O Benfica ainda não reagiu publicamente à decisão, mas será expectável que o clube reveja os seus procedimentos de segurança para evitar novas sanções desta natureza, sobretudo em jogos de risco acrescido como são os dérbis lisboetas.