A vitória do Benfica por 1-0 frente ao Bayern Munique, na última jornada da fase de grupos do Mundial de Clubes, provocou uma onda de reações na imprensa internacional. Pela importância do resultado — e pelo histórico de confrontos entre ambos os emblemas — o feito encarnado foi visto como mais do que uma simples vitória: foi uma revolução.
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Alemanha: Elogios ao Benfica, críticas contidas ao Bayern
O Bild destacou a intensidade com que o Benfica entrou no jogo, num contexto climatérico adverso em Charlotte, onde se registaram 36 graus e um sol abrasador.
“O Benfica foi melhor desde o início e colheu os frutos desde cedo”, sublinha o jornal, referindo ainda que o Bayern ficou “chateado” por perder o primeiro lugar do grupo, o que complica o percurso até à final.
A Kicker, por sua vez, apontou a rotação promovida por Vincent Kompany — com sete alterações face ao jogo anterior — como um fator decisivo.
E critica a falta de ideias ofensivas do Bayern: “Faltaram passes em profundidade, velocidade e finalização. O Benfica esteve sólido, bem posicionado e muito compacto”. Ainda assim, reconhece que a 2.ª parte foi mais equilibrada, com os bávaros a mostrarem reação.
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Espanha: “Di María não é eterno, mas parece”
Na imprensa espanhola, o destaque vai para Marca e Mundo Deportivo. O primeiro elogia a leitura táctica de Bruno Lage, que “soube suar melhor a camisola do que o Bayern”. Segundo o jornal, o treinador do Benfica preparou a equipa de forma inteligente para as condições extremas em Charlotte e isso fez a diferença.
Marca também não poupou nos elogios a Di María: “Não é eterno, mas parece. Voa mesmo em condições extremas”. Já o Mundo Deportivo rendeu-se à exibição de Trubin, eleito homem do jogo, que “susteve o Bayern com três grandes defesas” e “foi decisivo para garantir os três pontos”.
Itália: A primeira vitória encarnada em 14 encontros com o Bayern
Para a Gazzetta dello Sport, o Benfica quebrou um tabu: “O Benfica tinha uma espécie de complexo de inferioridade acentuado em relação ao Bayern: 13 jogos, nenhuma vitória. Hoje, a primeira vingança, depois de tanta espera”. O diário italiano também fala num “pecado de presunção” por parte dos alemães, sobretudo na primeira parte, e destaca os milagres de Trubin após o intervalo.
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A mesma publicação lembra ainda que esta vitória tem um sabor especial para o Benfica, “depois de uma época amarga em casa, onde perdeu o campeonato e a Taça para o Sporting”.
França: PSG poderá cruzar-se com o Bayern… graças ao Benfica
Em França, o RMC Sport não perdeu tempo a analisar as consequências do resultado. Com o Bayern a cair para segundo lugar do grupo, o caminho da equipa alemã cruza-se agora com o Flamengo nos oitavos — e poderá vir a encontrar o PSG nos quartos de final. “Vitória milagrosa portuguesa” é a expressão escolhida para definir o feito encarnado.
Com este triunfo, o Benfica não só elimina um histórico tabu europeu, como também reacende a esperança dos adeptos num percurso memorável neste novo formato do Mundial de Clubes. Di María voltou a encantar, Trubin foi muralha e Bruno Lage, tantas vezes criticado, brilhou no grande palco.
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Contra todas as previsões, o Benfica entrou em Charlotte para ganhar. E ganhou mesmo.