O Benfica inicia a temporada 2025/26 com um dado inédito na sua história recente: pela primeira vez em 41 anos, o plantel principal não conta com qualquer jogador brasileiro. Esta rutura põe fim a uma ligação que remonta à época 1983/84, sendo que desde então o clube manteve sempre atletas oriundos do Brasil.
Veja também: Lito Vidigal faz pausa no futebol para abraçar nova profissão surpreendente
A relação do Benfica com o futebol brasileiro começou a ganhar expressão na temporada 1979/80, quando o clube abriu as portas aos primeiros estrangeiros, entre eles os brasileiros Jorge Gomes e César. Desde então, a presença canarinha tornou-se uma constante e uma marca distintiva do plantel encarnado.
A única exceção antes da atual temporada ocorreu em 1983/84, quando a equipa, orientada por Sven-Göran Eriksson, integrou estrangeiros como Glenn Strömberg (Suécia), Michael Manniche (Dinamarca) e Zoran Filipovic (Jugoslávia), mas nenhum brasileiro.
Nos últimos anos, verificou-se uma redução gradual do número de brasileiros no plantel: de nove em 2020/21, para sete em 2021/22, cinco em 2023/24 e apenas um em 2024/25 — Arthur Cabral, que acabou por sair neste defeso. Também Maroto e Marcos Leonardo deixaram o clube cedo no mercado, contribuindo para o fim desta ligação histórica.
Veja também: A provocação de Mourinho ao Benfica antes do duelo na Champions
Ao longo destas quatro décadas, passaram pelo Benfica nomes icónicos do futebol brasileiro, como Mozer, Elzo, Valdo, Ricardo Gomes, Aldair, Luisão, David Luiz, Ramires e Jonas, entre muitos outros, que marcaram eras e ajudaram a conquistar títulos.
O fim deste ciclo simboliza uma mudança estratégica no perfil de contratações do Benfica, que tem apostado cada vez mais em jogadores de outras origens, sem, no entanto, fechar a porta a futuros regressos de talentos brasileiros à Luz.
Veja também: Negócio fechado: Akturkoglu de saída do Benfica - ÚLTIMA HORA