Mourinho recorda "a derrota mais bonita da minha carreira"

José Mourinho voltou a recordar um dos momentos mais icónicos da sua carreira: a histórica meia-final da Liga dos Campeões de 2009/10, onde o seu Inter de Milão eliminou o poderoso Barcelona de Pep Guardiola.

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Em entrevista à BBC, o treinador português não escondeu o orgulho pelo feito, descrevendo a partida no Camp Nou como “a derrota mais bonita” da sua vida. 

Uma batalha tática contra um gigante 

O Inter viajou até Barcelona com uma vantagem de 3-1 conquistada na primeira mão, em San Siro. No entanto, o desafio na Catalunha não poderia ter sido mais complicado: aos 28 minutos, Thiago Motta foi expulso, deixando a equipa de Mourinho a jogar com dez unidades durante mais de uma hora. 

Apesar da inferioridade numérica, o Inter resistiu heroicamente à avalanche ofensiva do Barcelona, sofrendo apenas um golo, de Gerard Piqué, e garantindo a passagem à final de Madrid. 

“Foi a derrota mais bonita da minha carreira. Fomos absolutamente brilhantes em termos táticos, emocionais e de resistência”, recordou Mourinho. 

Cultura de vitória e estabilidade emocional 

Mourinho destacou que aquele jogo é um exemplo perfeito de como a cultura tática e a força mental de uma equipa podem ser determinantes nos grandes momentos. 

“É nos momentos difíceis que se vê a verdadeira força de um grupo. Tínhamos um plano e, mesmo com um jogador a menos, executámo-lo na perfeição”. 

Aquela noite no Camp Nou consolidou a reputação do treinador português como um dos melhores estrategas do futebol mundial. 

A conquista do triplete 

Depois de eliminar o Barcelona, o Inter de Mourinho venceu o Bayern Munique na final da Liga dos Campeões por 2-0, com dois golos de Diego Milito. 

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Esse triunfo completou um triplete histórico: Serie A, Taça de Itália e Liga dos Campeões — um feito inédito no futebol italiano até então. 

“É um momento que ficará para sempre na minha memória e na história do futebol”, afirmou Mourinho. 

A caminhada do Inter de 2010 continua a ser estudada e admirada como uma lição de resistência, inteligência tática e espírito de equipa.