Graças a uma iniciativa invulgar da Conmebol — o presidente Alejandro Domínguez utilizou câmara e microfone escondidos no casaco durante a cerimónia de entrega dos prémios — tornou-se possível ouvir, com nitidez, os recados e declarações de vários intervenientes, incluindo duas das figuras mais influentes do Palmeiras: Abel Ferreira e Leila Pereira.
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O treinador português, que voltou a estar no centro da luta pelo título continental, recebeu a medalha das mãos do presidente da Conmebol. Domínguez aproveitou o momento para agradecer a Abel tudo o que tem feito pelo futebol sul-americano — uma frase que reflecte o impacto inegável do técnico na competição nos últimos anos. Abel reagiu com a serenidade habitual, mas não perdeu a oportunidade de deixar um comentário carregado de intenção:
«Se me deixarem, faço mais.»
A frase, curta mas cheia de significado, pode ser lida de várias formas: como confiança nas próprias capacidades, como recado interno sobre condições de trabalho, ou até como mensagem à própria Conmebol sobre arbitragem e organização. Seja qual for a interpretação, o certo é que não passou despercebida.
Pouco depois, foi a vez de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, também ela cumprimentada e elogiada por Domínguez pela aposta contínua no projecto desportivo. Leila retribuiu com uma promessa firme e motivadora:
«Não tenha dúvidas, no próximo ano estaremos aqui de volta.»
Uma declaração que demonstra ambição, resiliência e a convicção de que o Palmeiras continuará entre os candidatos ao título. E não é para menos: o clube chegou a três finais nas últimas seis edições e venceu duas, consolidando-se como uma das potências recentes do continente.
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A revelação destes diálogos de bastidores permitiu um raro vislumbre do ambiente imediato após uma final de alta tensão, onde as emoções ainda estão à flor da pele. Abel mostrou determinação, Leila mostrou convicção — e ambos reforçaram que o Palmeiras continuará a ser protagonista na Libertadores.