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Nacional
22/06/25

"Não estamos a colocar o FC Porto onde merece e tem de estar"

Médio espanhol assume responsabilidades e promete resposta frente ao Al Ahly após derrota dececionante com o Inter Miami.

Gabri Veiga não escondeu a frustração após a derrota do FC Porto frente ao Inter Miami no Mundial de Clubes, e reconheceu que a equipa está longe do patamar que se exige ao clube azul e branco. 

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Em declarações aos jornalistas, o médio espanhol mostrou-se solidário com as críticas do presidente André Villas-Boas, garantindo que o plantel está empenhado em dar uma resposta já no próximo jogo, frente ao Al Ahly

«Respeitamos muito a opinião do presidente. Sabemos o que ele sente pelo FC Porto, sabemos o que nós também sentimos pelo clube e partilhamos desse sentimento. Não estamos a colocar o FC Porto onde merece e tem de estar», admitiu o reforço espanhol, acrescentando: 

«Estamos a competir bem, mas as coisas estão a escapar-nos nos detalhes. Tivemos oportunidades que devíamos ter aproveitado. O plano de jogo passava por isso. Há um sentimento de tristeza, mas só nos resta seguir em frente». 

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Primeiros meses no Dragão com amargura 

Contratado com grande expectativa, Gabri Veiga ainda não conseguiu traduzir em campo o impacto que se esperava. Apesar disso, sente-se acolhido: 

«Estou muito agradecido ao míster e aos meus companheiros, que me receberam muito bem. Obviamente que há tristeza, porque os resultados não estão a ser os desejados. O mais importante é a equipa. Temos de nos focar em ganhar o último jogo e acabar a fase de grupos com uma vitória». 

Al Ahly? Um adversário bem conhecido 

Com passagem pelo futebol saudita, Gabri Veiga conhece bem o adversário dos dragões: 

«Não vai ser um jogo fácil, de todo. Conheço o Al Ahly, o treinador deles treinou-me quando tinha oito anos. São muito bons, uma equipa difícil de bater, com muitos títulos no Egito e na Champions africana. Estão aqui por mérito próprio. Respeitamo-los muito.» 

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Referiu ainda um nome em destaque:

«Conheço o Trezeguet. Vi-o jogar contra o Manchester City no Mundial de Clubes do ano passado. Vai ser difícil, mas o nosso objetivo é ganhar».

Confiança em vez de pressão

Apesar do contexto delicado, o médio espanhol vê as expectativas em torno do seu desempenho como um estímulo:

«Vejo esta expetativa como um voto de confiança do presidente e do grupo. Fizeram-me sentir muito confiante. Não sinto pressão porque considero que estou em casa. Só penso em ajudar a equipa».

Autocrítica após o desaire com o Inter Miami

Gabri Veiga reconheceu que a equipa falhou nos momentos-chave diante dos norte-americanos:

«Foi uma deceção. No primeiro tempo fomos superiores, mesmo sem estarmos brilhantes. Tivemos oportunidades para fazer o 2-0. Na segunda parte, sofremos em pequenos detalhes, como no livre direto. Não soubemos reagir».

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Um jogador à disposição do treinador

Polivalente, o espanhol não escolhe posição:

«Onde mais gosto de jogar é dentro de campo. Sou um jogador polivalente, estou ao dispor do mister. Onde for mais útil para a equipa, lá estarei para mostrar as minhas qualidades».

O FC Porto defronta o Al Ahly esta terça-feira (02h00, hora de Lisboa), num jogo que poderá decidir o futuro dos dragões no Mundial de Clubes. Só a vitória interessa… e, mesmo assim, será preciso fazer contas. 

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André Miguel Rodrigues