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Internacional
10/12/25 às 12:00

Guardiola lança farpa realista antes de defrontar o Real Madrid: “No Real ter-me-iam despedido em seis meses”

À medida que o duelo entre Manchester City e Real Madrid se aproxima, Pep Guardiola voltou a mostrar que, além de ser um dos treinadores mais influentes do futebol moderno, também não foge a reflexões diretas sobre a pressão extrema que rodeia o clube espanhol.

Na antevisão do jogo, o treinador catalão deixou um comentário que rapidamente se tornou viral: “Se eu tivesse o meu desempenho do ano passado como treinador do Real Madrid, ter-me-iam despedido em seis meses.”

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A frase surgiu num contexto de apoio a Xabi Alonso, técnico que Guardiola admira e cuja capacidade tem sido posta à prova devido às exigências dos merengues. Sobretudo num clube onde a fasquia é sempre colocada num ponto em que qualquer deslize — mesmo uma época que a grande maioria do mundo classificaria como excelente — pode ser visto como insuficiente.

Guardiola sublinhou precisamente esse ponto: o Real Madrid não é apenas uma equipa que quer ganhar — é uma estrutura que exige ganhar sempre. “Treinar o Real Madrid é o trabalho mais difícil no futebol”, afirmou, lembrando que os treinadores que passam por aquele banco carregam consigo a expectativa de manter um legado quase impossível de replicar. O City, recorde-se, conquistou na temporada passada títulos de grande peso, mas Guardiola não teve dúvidas em dizer que, caso apresentasse o mesmo registo no Real, a margem de tolerância seria muito menor.

As palavras ressoam num momento especialmente sensível para Xabi Alonso, que enfrenta a pressão combinada de resultados, estatuto e comparação com os seus antecessores — algo que Guardiola conhece bem, sobretudo pelos seus anos no Barcelona, onde também viveu o peso da exigência permanente.

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À porta de um jogo de enorme importância europeia, Guardiola conseguiu, em poucas linhas, resumir duas realidades distintas: no Manchester City, o sucesso foi construído de forma progressiva e sustentada; no Real Madrid, a história já nasceu escrita em letras de ouro — e qualquer treinador é avaliado à luz dessa história, quase sempre com prazos curtos, metas absolutas e pouca paciência para reconstruções.